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Uma leitura de cópias publicadas em diferentes versões do ensaio "A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica" de Walter Benjamin, inicialmente publicado em 1935, foi realizada em uma gráfica. A ação consistiu na identificação de diferenças e semelhanças entre traduções para a língua portuguesa, desde as primeiras edições até as versões mais recentes do ensaio, em um estudo comparativo. As páginas fotocopiadas foram agrupadas e sobrepostas em sequências correspondentes, sendo reproduzidas em três cópias, em uma tiragem de dez exemplares. Ao reconhecer que toda tradução é uma maneira provisória de ocupar a língua e, também, considerando-a uma solução temporária que nega a possibilidade de resolver ou superar diretamente um texto, a ação reivindicou a característica de durabilidade do ensaio, ao progredir em direção às diversas edições traduzidas. Essa impossibilidade de encontrar um ponto ou simplesmente estar à altura do original corresponde a uma forma objetiva e determinista, na qual a tradução, por mais completa que seja, nada significa para o original e, mesmo assim, mantém seu vínculo estreito e íntimo, pois nada tem a ver com a semelhança de imitação ou, simplesmente, sua fidelidade.​ 

 

Este estudo foi conduzido na Biblioteca Professor Antônio Luiz Paixão, vinculada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Parte da pesquisa foi estruturada na forma de artigo científico, culminando na publicação do texto Fichário, Livro, Pasta e Revista: A leitura como dispositivo artístico, na Revista Rascunhos Culturais.

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Tradução

Ação de 3:36' em gráfica rápida. Livro de artista impresso em xerox sobre papel offset 90g com aproximadamente cento e dez páginas, com tiragem de dez exemplares.

Artigo científico Fichário, livro, pasta e revista: a leitura como dispositivo  artístico. Revista Rascunhos Culturais, Vol. 11, n. 21.

2019-2020

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